Inspirado pelo texto "Para além do corpo cravado de likes: a revolução deverá ser lúdica!"
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"Narciso" Caravaggio, 1594-1596; Galeria nacional de Arte Antiga. |
O ser humano é, por natureza, narcisista. Nos primeiros anos de vida, o bebê acredita ser o centro de todas as suas relações. Ele demanda extrema atenção, o tempo todo, por uma questão óbvia de sobrevivência – é completamente dependente do cuidado do outro. Com o passar dos anos, os responsáveis se empenham em fazê-lo enxergar o outro enquanto indivíduo, contribuindo para a formação de uma pessoa menos autocentrada. Entretanto, esta segue sendo, em algum grau, carente de atenção.
O
que as redes sociais proporcionam, muitas vezes, é um ambiente que alimenta
essa carência. Na necessidade de se enxergar protagonista, há uma enorme
procura por aprovação. Seguidores, comentários e likes são ferramentas instantâneas
de se sentir admirado. Dessa forma, é muito comum uma exposição exagerada da
autoimagem, cada vez mais padronizada, na busca de se sentir atraente o
suficiente para se afogar no próprio feed.
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